sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Adeus Bonelli

Esta semana recebi a triste notícia do falecimento de um amigo, acima de tudo, e de um grande editor e escritor. Sergio Bonelli, dono e responsável principal pela SBE (Sergio Bonelli Editora) na Itália faleceu nesta segunda feira passada aos 79 anos bem vividos de idade.

A SBE se dedica aos quadrinhos e tem como carro chefe o personagem Tex Willer, criado pelo pai de Sérgio, e que ainda hoje é responsável pelo faturamento maior da editora.

Mas do punho de Sergio Bonelli, com o pseudônimo de Guido Nollita, surgiu Mister No, intrépido piloto norte americano que se auto segregou do mundo nas densas florestas da Amazônia brasileira. O espírito livre e aventureiro do personagem espelha a alma leve e carismática de seu criador.

Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente esse fantástico homem que transformou personagens de quadrinhos em mitos, em criaturas quase vivas que nos acompanham como amigos queridos, como heróis idealizados e como exemplos de caráter.

O nosso adeus a Sérgio é um adeus relativo já que tudo que ele impulsionou ou criou se perpetua a cada dia, a cada mês e a cada momento em que alguém, em algum lugar do mundo, abre uma revista da SBE para ler e sonhar.

E neste momento de passagem, só posso deixar o meu obrigado muito grande a essa pessoa tão carismática que me fez viver momentos inesquecíveis em Milão, momentos mágicos e eternos em que, mais do que ele, me senti especial, pelo tratamento tão singular e único que recebi, pela sua companhia e conversa envolventes e fascinantes. Uma pessoa que tinha tanto a dizer mas se contentava em escutar, em dividir experiências e aventuras mas principalmente em fazer com que cada pessoa que estivesse em sua companhia se sentisse mais importante que ele mesmo.

Sem a tenacidade e inspiração de Sérgio Bonelli talvez eu nunca tivesse tido o prazer de conhecer os grandes  amigos e "irmãos" que fiz ao longo destes anos por causa de uma simples revista em quadrinhos.

OBRIGADA!

Nanda

 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Literatura na casinha

Um dos lugares mais tranquilos que eu encontro para ter uma leitura sossegada é... a casinha! No toilete da minha casa há uma cesta com várias revistas diferentes para atender os gostos principalamente dos moradores, mas também de eventuais visitas.

Já vi a mesma estrutura na casa de vários amigos, inclusive na casa do meu irmão, onde a variedade de leitura vai de revistas infantis a revistas de noticiários e fofocas.

Reclama-se muito hoje em dia que os jovens pouco ou quase nada lêem. Na minha opinião, o que existe é pouco incentivo dos pais. Há muitas maneiras de se estimular a leitura desde a infância. Um amigo meu, além de comprar livros e revistas para suas filhas e ler com elas, encontrou uma maneira divertida e original para desenvolver não só nelas, mas em toda a família, o prazer da leitura. A cada semana ele seleciona artigos interessantes e educativos de jornais e prega no banheiro com fita adesiva. Recentemente eu soube que há espaço também para quebra-cabeças e palavras cruzadas que são completados gradativamente por quem frequenta a "casinha".

E, para estimular ainda mais a compreensão, o diálogo, a capacidade cognitiva e o entretenimento que a leitura traz, uma caneta está disponível para que as pessoas comentem sobre os artigos e gerem discussões e reações dos próximos frequentadores.

Há sempre uma maneira de estimular a leitura. E, quanto mais cedo ela começa, melhor!

E na sua "casinha" também há um espaço literário?

Até a próxima,
Stanze