sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Diário de um Escritor

Parece estereótipo, nem todos o usam, mas muitos escritores - inclusive eu - carregam sempre consigo um pequeno caderno ou bloco de anotações, o salvador diário.

Vários de nós - principalmente as meninas - passaram pela adolescência escrevendo diários onde, além dos acontecimentos do dia a dia, eram registradas as emoções flutuantes de um adolescente. Diários de capas floridas, diários com chaves que guardavam segredos irreveláveis, diários de capa discreta ou com fotos de artistas. Ali as primeiras sensações do mundo eram escritas. Ali se criavam personalidades, histórias e se desenvolviam emoções.

O diário de um escritor não varia muito de um diário de adolescente. A grande diferença é que o escritor, além das emoções, também usa o diário para registrar fatos e observar o mundo à sua volta. O meu diário tem de tudo: corriqueiras descrições de passageiros em um trem, detalhes sobre um dia de sol ou de chuva, pedaços de diálogos ou trechos de uma cena desenvolvidos durante um passeio, viagem ou deslocamento ao trabalho. Algumas vezes guardo fotos ou cartões postais ou artigos de jornais ou revistas que possam servir, em algum momento, de inspiração .

Reler páginas de diários antigos é sempre uma fonte saciadora no deserto das palavras e ter às mãos um diário vira um hábito rotineiro na vida de um caçador de histórias.

Até a próxima
Stanze

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