sábado, 29 de janeiro de 2011

O Mundo Maravilhoso dos Sonhos

Nesta semana que passou resolvi experimentar um dos exercícios de estimulação do lado direito do cérebro que publiquei no artigo anterior deste blog, e decidi me aventurar no Maravilhoso Mundo Technicolor dos Sonhos.


Para isso, coloquei ao lado da minha mesinha de cabeceira bloco e caneta e anotei, sempre que pude me lembrar, os sonhos – ou trechos deles – que tive durante a semana.

A experiência foi estimulante e interessante. As imagens quebradas vinham à minha mente como flashes e, posso confessar, que às vezes senti dificuldades em registrá-las no papel de maneira rápida para não perder a visão da noite anterior, com seus detalhes, sons e cores.

Tiveram alguns dias, sim, em que nada me veio à mente na hora em que acordei. Era como se eu não tivesse sonhado. Mas isso não teve importância no conjunto do exercício. O caleidoscópio de imagens e acontecimentos que eu obtive nos outros dias já era maravilhoso.

Alguns dos sonhos foram meio caóticos, misturando momentos de ficção ou atos de heroísmo com pequenas coisas pé-no-chão. Outros foram serenos, imagens incompletas de ações normais do dia-a-dia. Algumas sequências desconexas, algumas vezes diálogos completos.

Os sonhos mais fascinantes, enretanto, foram aqueles que me trouxeram imagens e lugares da infância, como minha casa no bairro do Anil em São Luís. Acreditem ou não, ao acordar eu ainda podia sentir o vheiro da natureza exuberante e das árvores frutíferas que coloriam o quintal da nossa casa-sítio. O Anil sempre foi para mim sinônimo de liberdade, árvores, imensidão e férias.

O exercício no todo foi extremamente satisfatório. Meu lado direito não me decepcionou e, ao contrário, me proporcionou muito material para escrever e pensar.

Pretendo agora realizar o exercício da associação de palavras, o Rico Cluster. Relatarei depois os resultados que obtiver.

E vocês, experimentaram algum? Se sim, gostaria de ouvir o que obtiveram e trocar experiências.

Até a próxima

Stanze

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Inspiração espiritual

Hoje vou fazer aqui uma experiência que venho tentando experimentar há algum tempo. Um dos meus estudos e hobbies é a cartomancia. Muitas pessoas consideram a cartomancia como pecado e coisa do capeta. Na verdade, a cartomancia, pelo menos para mim, é somente um instrumento que permite elevar a minha intuição e percepção próprias e do mundo que me cerca.

Resolvi então utilizar essa energia e saber cósmico na literatura. Para a primeira experiência utilizei o Baralho Cigano. Este baralho é diferente do Baralho Cigano que conhecemos no Brasil, baseado nas cartas utilizadas por Madame Le Normand. O Baralho Cigano que utilizei, por causa da expressividade das imagens representadas nas cartas.


Embaralhei e retirei do monte, sem ver, três cartas. As cartas selecionadas foram (infelizmente não consegui imagens das cartas para mostrar):

Pensador - mostra um jovem sentado em um banco, com um olhar pensativo e melancólico;
Oficial - mostra um policial vestido como um gendarme francês;
Acidente - mostra uma casa pegando fogo, com uma mulher e uma criança sendo socorridas por bombeiros.

Como para a minha experiência não interessa realmente o que as cartas significam ou não, passei a me concentrar somente nos desenhos e no que eles me traziam à mente. Imediatamente imaginei o seguinte tema para um futuro conto ou história:

- um jovem está seriamente envolvido com a polícia e algum acidente causado por ele ou não. Seriam a mulher e a criança sua família? Elas pereceram no fogo? Foi ele o culpado? Foi alvo de uma vingança? Está sendo suspeito?

Somente nesses poucos questionamentos já há material suficiente para um bom enredo.

Fiz a mesma experiência com o Tarot. Eu gosto muito do Tarot da Nova Visão porque ele traz as figuras conhecidas do Tarot invertidas, ou seja, as figuras estão de costas e tem-se a impressão que vemos o mundo pela visão das cartas.

Procedi da mesma maneira e selecionei três cartas (podem ser mais cartas, se quiserem). As cartas que tirei foram:

7 de Espadas - que mostra um homem carregando consigo de modo suspeito 5 espadas e deixando duas para trás;
4 de Copas - mostra uma pessoa encostada em uma árvore com 3 cálices ao seu lado e um quarto lhe sendo oferecido por uma mão. Ela está ignorando essa mão e observando somente um cavalo branco alado que voa em sua direção;
O Arcano Maior XXI que representa o Mundo - mostra uma mulher dentro de um círculo formado por louros, segurando dois cetros.

Ignorando o real significado das cartas concentrei-me novamente nas imagens. A idéia que me veio à cabeça foi que a pessoa sentada perto da árvore era uma mulher que estava amorosamente decepcionada. Nada que lhe diziam ou ofereciam valia a pena. Ela pensava somente em algo inatingível naquele momento. O homem fugindo com as espadas seria aquela pessoa na qual ela pensava. Ela estava grávida (o Mundo representado pela figura no meio do círculo como um útero). Esta gravidez era desejada ou não? Eles seriam casados? Ou somente ele seria casado? Ele teria desaparecido por causa da gravidez?

E por aí vai até onde sua imaginação permitir. Achei um exercício magnífico para desbloquear a mente e criar novas possibilidades de enredos. E, para quem acha que essas cartas sejam profanas, esse exercício pode ser feito com figuras aleatórias e selecionadas ao acaso. O interessante, porém, é selecionar as figuras aleatoriamente, pois isso permite que a mente seja pega de surpresa e seja forçada a criar do inesperado.

Até a próxima,
Stanze

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O balanço do cérebro

Todos nós já ouvimos falar dos dois lados do nosso cérebro: o lado esquerdo racional e o direito intuitivo. Frequentemente no dia a dia usamos mais o lado esquerdo,  que nos dá direção e ajuda a nos organizar, enquanto deixamos o lado direito, mais criativo e espontâneo, "de lado".

Todo escritor tem que saber balancear esses dois lados para produzir algo legível e ao mesmo tempo excitante. O lado direito é o estímulo do escritor, de onde sai a imaginação, a criatividade. Só que é o lado esquerdo que transforma essa xplosão de criatividade em algo ordenado e objetivo para que o leitor possa entender e visualizar a criatividade do escritor. Por outro lado, somente o uso técnico do lado esquerdo não consegue passar para uma obra sua parte mais interessante: a creatividade e imaginação. Não há produção sem os dois lados.

Em uma revista do Writer's Digest li uma reportagem interessante sobre o balanço do cérebro e alguns exercícios interessantes para estimular o nosso lado direito.
  • Classic Rico Cluster (Tarefa Clássica Rico) - escreva uma palavra. Faça um círculo sobre ela. Escreva outra palavra ou frase que lhe vier à cabeça. Circunde-a. Trace uma linha conectando a segunda palavra com a primeira. À medida em que for escrevendo novas frases ou palavras ligue-as sempre com outra palavra, seja a primeira ou qualquer outra que veio depois, tentando achar uma conexão entre elas. Esse é o trabalho do lado direito. Agora o esquerdo só tem que montar os textos ou idéias com as ligações feitas;
  • Cagean Chance Operations (Operações Cagianos do Acaso) - John Cage dizia que para se atingir o verdadeiro acaso tinha-se que ter um plano. Pegue seu livro favorito e a cada 10 páginas dele escreva a primeira palavra completa que existir na página selecionada. Estude sua lista de palavras ao acaso e veja se descobre padrões entre elas. Não? Então pegue a sua favorita e a use para uma Tarefa Rico mencionada no primeiro exercício;
  • The Vaughnean Doodle (A Criatura Vaughniana) - Michael J. Vaughn é escritor e desenvolveu esse método para balancear os dois lados do cérebro. Desenhe uma série de linhas que se interceptam como estradas em um mapa rodoviário (não pense muito). Quando elas começarem a tomar forma coloque alguns elementos faciais, como olhos, boca, nariz, orelhas. Estude agora a criatura que você criou e escreva sobre ela: quem é, o que tem feito, como se sente - ou use-a apenas como um personagem em uma história;
  • The Amazing Technicolor Dreambook (O Deslumbrante Livro de Sonhos em Technicolor) - mantenha um lápis e um bloco de notas em sua mesa de cabeceira. Imediatamente após acordar escreva tudo que puder lembrar de seus sonhos. Nada tem que fazer sentido - esse é somente a maneira de seu lado direito do cérebro processar as lembranças do dia.   
Se alguém tentar uma dessas técnicas eu gostaria de ouvir os resultados.

Até a próxima
Stanze   

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Calma e assertividade - uma grande auto-ajuda

Um dos tipos de literatura mais bem vendidos atualmente são os livros de auto-ajuda. Livros que, de um modo ou de outro, lhe ensinam a se tornar uma pessoa mais forte, mais organizado, mais auto confiante ou até mais rico. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, de Stephen Covey, por exemplo, é um dos livros nessa área que mais me ajudou em vários sentidos: na organização, na prioridade das coisas e no alcance do próprio bem-estar.




Outro livro que li recentemente e que, em princípio, não é mencionado dentro dessa área de auto-ajuda, mas que o deveria ser, é Cesar’s Way, de Cesar Millan. Cesar Millan é conhecido mundialmente por reabilitar cachorros e treinar pessoas a serem verdadeiros líderes para seus animais de estimação. O que Cesar passa através de seus anos de experiência é que a energia é a base principal da relação entre humano e animal. O cachorro sente e reflete a energia do seu dono e das pessoas ou animais à sua volta. Através da experiência de lidar com um cachorro, Millan nos ensina como manter a calma, a auto-confiança, a positividade e liderança.



E ele vai além disso. Seus ensinamentos e própria experiência de vida nos mostram que a lei da atração existe e que é facilmente comprovada na relação ser humano-animal. Para que se obtenha uma atitude submissa de nossos cachorros, temos que nos manter sempre calmos e assertivos. Uma maneira de fazer isso é projetar na nossa cabeça o que queremos que aconteça em determinada situação com o nosso animal. Se queremos que ele caminhe tranquilo ao nosso lado, o primeiro passo é imaginar essa cena ocorrendo, criar um filme ou um script na nossa mente. Isso nos dá uma tranquilidade imediata e cria uma energia positiva e calma que é captada pelo cão. Atraímos o que queremos através do pensamento e da confiança de que vamos viver aquela situação. O cachorro é o melhor seguidos desse vortex de atração e energia. Cesar complementa seus ensinamentos dizendo que ter um cão é como ter um espelho para nossa energia e estado de humor. O cão nos mostra como estamos a cada dia através de sua reação a nossa aura. Querem livro de auto-ajuda melhor que esse?

Já que entrei no assunto de cachorros conheci, através da televisão, uma iniciativa muito interessante: um calendário feito somente com fotos de cachorros vira-lata. Escreverei em breve no blog Daquiprai (http://daquiprai.wordpress.com/) uma matéria mais completa sobre essa idéia, mas de antemão publico aqui o site do Celebridade Viralata para quem quiser conhecer (e adquirir) o calendário vira-lata (http://www.celebridadeviralata.com.br/).

Um maravilhoso 2011 para todos e um bom final de semana!

Até a próxima

Stanze