sexta-feira, 16 de abril de 2010

Uma Ode às Bibliotecas

Há alguns dias atrás uma amiga de serviço que está fazendo um curso de Psicologia me pediu que a ajudasse em um trabalho. Ela fez uma entrevista comigo em que o foco era relações familiares e personalidade. Amanhã ela vai apresentar o trabalho e me pediu que procurasse coisas pessoais minhas para ilustrar a exposição.

Imediatamente eu pensei em livros e passei algumas horas em um local que para mim é inspirador, relaxante e trasncendental: minha biblioteca.

Cícero dizia que "adicionar uma biblioteca a uma casa é dar-lhe alma". Eu acrescentaria dizendo que uma biblioteca não somente dá alma a uma casa mas principalmente dá tranquilidade e conforto à alma do dono.

Neste momento em que redijo o artigo de hoje estou aqui cercada pelas chamas da minha alma, os meus livros. O silêncio místico de uma biblioteca convida à inspiração, à liberdade de pensamentos. Uma poltrona ou sofá bem confortável, um raio de sol que entra pela janela numa tarde morna e vagabunda de domingo, iluminando de leve as páginas do livro aberto em nossas mãos, o prazer de correr os olhos pelas prateleiras e descobrir em cada uma delas uma preciosidade escondida, um mundo inteiro a ser explorado, tudo isso não pode ter outra denominação que não a de tranquilidade da alma.

Mas as bibliotecas não são somente estáticas. Aqui na Holanda os livros andam. No hospital, uma vez por semana passa o carrinho dos livros pelos quartos. Nas praias, no verão, há as bibliotecas de praia, com livros leves e despretensiosos. Um amigo meu trabalhava em uma biblioteca ambulante, dirigindo uma espécie de ônibus e percorrendo os bairros da cidade. São os bibliobussen, ou, permitindo-me a liberdade de aportuguesar, as onibotecas.

Existem também bibliotecas especializadas em determinado assunto, como as bibliotecas universitárias ou as bibliotecas para cegos, em que todos os livros são em braille. E há ainda as bibliotecas das prisões, que promovem a educação entre os presos. E, para não dizer que não falei deles, há as quadrinhotecas, somente de gibis (das quais eu - e vários amigos que conheço - possuo uma variação especial chamada de BiblioTex, dedicada exclusivamente ao personagem dos quadrinhos Tex Willer).

Bem, vou deixá-los hoje com algumas bibliotecas maravilhosas que encontrei pela internet:

Strahov Theological Hall


Biblioteca da Universidade de Coimbra, Portugal


Biblioteca George Peabody, Maryland, USA


Todas estas imagens foram retiradas do site The Gentleman Scholar. Para olhar outras bibliotecas postadas no site (há várias e lindas!), clique aqui.

Até a próxima,

Stanze


Um comentário:

  1. Show de texto nanda.concordo com você em tudo, só troco a luz do sol entrando pelas frestas da janela á tarde, por um sol quentinho entrando pela manhã na minha biblioteca/comicteca!
    Sempre fui amante dos livros, desde quando não tinha dinheiro para compra-los mas contava com a bondade de amigos que os emprestavam...
    bom fim de semana nanda e parabéns pelo texto.

    jesus ferreira

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