quinta-feira, 30 de junho de 2011

Heróis ou anti-heróis?

No último Inspiracionando eu falei sobre criar algo novo de alguma coisa já existente. E até mencionei alguns exemplos em que personagens parecidos ganham outra roupagem através da pena do escritor que os cria.

Pois bem, como estou quase terminando meu primeiro livro já comecei a buscar inspiração para o próximo. Escritores têm várias maneiras de captar a idéia que vai se tornar o enredo de um grande livro. Para o meu primeiro romance fui inspirada em uma pequena nota da revista Newsweek.  A partir do fato criei os personagens e o enredo fictício.

Desta vez eu comecei pelo personagem. Gosto de trabalhar bem próximo da realidade (pelo menos até agora, embora eu queira tentar vários estilos) e criar personagens que tenham suas fraquezas e limitações, além das qualidades positivas. Desta vez estou trabalhando em um anti-herói e buscando inspiração em vários modelos existentes por aí. Do clássico pensei imediatamente em Heathcliff de O Morro dos Ventos Uivantes, ou Dorian Grey de O Retrato de Dorian Grey. Como Heathcliff talvez meu personagem cresça pelas próprias mãos e como Dorian Grey talvez ele venda a alma ao Diabo.

Como a história será mais atual, no mundo e conceitos de hoje, corri no tempo e descobri outro exemplo bastante inspirador: Donald Draper, de Mad Men. Para quem não conhece a série, Mad Men se passa nos anos 60 e conta a história de vários executivos de uma agência de publicidade. O seriado disseca a sociedade norte-americana da época, com todos os seus clichês sobre sexualidade, machismo e cobiça, e levou-me a recordar de Peyton Place, de Grace Metalious.


Estou juntando as peças para criar meu primeiro anti-herói que, embora não seja tão "bandido" carece de alguns escrúpulos para atingir seus objetivos. Aguardem, mas enquanto isso, conheçam Don Draper:



E algumas de suas citações neste pequeno trecho já fazem dele um personagem interessantíssimo:
"Você nasce só e morre só. E este mundo faz de tudo para que você esqueça isso, mas eu não esqueço."
"Eu vivo como se não houvesse amanhã... porque não há"
"O problema não é porque as pessoas fumam, mas sim porque elas fumam Lucky Strike"
"A propaganda é baseada em uma só coisa: felicidade. E sabe o que é felicidade? Felicidade é o cheiro de um carro novo. É libertar-se do medo..."
"As mulheres querem ter escolhas, mas nenhuma quer ser uma entre cem numa caixa. Ela é única, ela faz as escolhas..."
"As pessoas necesitam demais que lhes digam o que fazer. Elas escutam qualquer um."


Até a próxima,
Stanze

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